sábado, 26 de fevereiro de 2011



Era uma vez uma rapariga simples, da aldeia, tinha seus dias muito 'atarefados' cheios de mil e uma coisas para fazer. Seu nome era Beatriz, leves cabelos escuros, num tom de pele molato. Nunca antes teria experimentado o sabor do amor. Sempre foi uma rapariga que vivia para o mundo em que estava. Ela gostava de ver o sol, de sentir o verde da relva, de não sentir vento, e ver o céu cor-de-laranja, adorava ouvir música sozinha... Sempre achou que jamais a sorte estaria do seu lado, portanto dedicava-se simplesmente aos seus objectivos enquanto viva...
Num dia em que parecia verão, ela decidiu ir dar uma volta por um local onde tivesse pelo menos sol, e todas as coisas que ela gostava. Acabou por ir até uma praia numa sexta à tarde, e sentou-se num banco de pedra que havia junto a uma esplanada... Ficou por vário tempo a olhar para o mar, para a espuma depois de a onda rebentar e do nada uma voz surge "é uma imagem fantástica não é?". A rapariga ficou um pouco perdida com tudo o que via. Uns belos olhos escuros, um corpo definido, o pormenor do lábio superior fino e o inferior grosso, uns enormes ombros, com umas mãos super perfeitas, umas entradas em V nunca antes vistas. Era deus. 
A rapariga meia desorientada respondeu "Sim, é das melhores coisas que podemos observar." A conversa desenrolou.
rapaz - é... sabe bem vir para cá sobretudo com o vento quente a soprar para a nossa cara.
rapariga - sim, é bom. mas prefiro quando não tem vento, sabe-me melhor.
rapaz - sim, também é bastante bom. o que te trouxe até aqui?
rapariga - bom, é certamente algo que será enfadonho para ti de ouvir.
rapaz - nem todas as pessoas vêm para este local por acaso, portanto ao perguntar-te o que te trouxe aqui, certamente que já sabia que havia um forte motivo.
rapariga - na verdade, não é preciso o motivo ser assim tão forte para me trazer à praia... mas neste caso até foi
rapaz - então?
rapariga - sabes aqueles momentos em que te viras para todos os lados possíveis e impossíveis e nenhum deles te trás o que realmente precisas? que nenhum deles é o que realmente queres? que nenhum deles te dá o que realmente mereces? quando tudo está contra ti, e só te resta lutar para que pelo menos algo dê resultado?
rapaz - sei, sei tão bem...
rapariga - foi isso que me trouxe aqui. foi por estar cansada de tanto precisar, de tanto querer, de tanto merecer, e tudo com esforço, sem nunca ver retribuição de nada, sem nunca conseguir.
rapaz - sabes...? o melhor está sempre na intensidade com que fazemos as coisas, se elas nos dão gozo ou não... se tu lutas para teres o que precisas, então deixa que as coisas venham ter contigo, se o que realmente queres não vem, então deverás lutar ainda com mais força se assim o entenderes... e se não tens o que mereces... então eu não entendo.
rapariga - eu também não entendo, por isso é que vim até aqui. para me libertar de todos os maus pensamentos de todas as coisas menos boas que me perseguem... mas deixemos isto para trás... e a ti? o que te trouxe cá?
rapaz - nada em concreto... gosto de vir ver o mar por vezes, relaxa-me. dá ao meu corpo aquilo que ele tanto precisa...
rapariga - que é...?
rapaz - a paz.
rapariga - não sei qual é o sabor disso!
rapaz - prometo que um dia te mostro.
    Ainda agora se tinham conhecido, e as promessas já começavam. banais? sim, promessas banais, mas nestes momentos quando somos compreendidos, qualquer promessa que façam, não esquecemos.
rapaz - anda, vamos até lá a baixo...
    Seguiram os dois em direcção à praia, e caminharam sobre a água gelada e a areia fina, descalços, a falar como se conhecessem à imenso tempo, sorrindo ... Acabaram a ver o por-do-sol...
rapariga - é tarde, tenho de ir para casa..
rapaz - já vais? tens de me dar o teu contacto pessoal, quero ver-te mais vezes...
    trocaram de números, e falaram toda a noite, até as tantas da manhã e tanto um como outro sorriam com tais mensagens trocadas. "Nunca o sol teve tanto significado" disse-lhe ele... Ela sorriu para o telemóvel, deitada sobre a cama com um fino lençol branco, e uma camisa vestida naquela noite quente. Acabam por ligar um para o outro, e ficam os dois a ver o nascer do sol, cada um em sua casa, ao telefone. (Novas modernices, by VODAFONE). A rapariga sentia-se nas nuvens, como nunca antes tinha estado... Parecia que tudo à sua volta ganhara vida. Adormeceu sobre a cama, por volta das 8 da manhã, com o sol a tocar-lhe no corpo até as 2 da tarde... Acorda com uma mensagem no seu telemóvel "Foi uma boa noite :)" imediatamente um sorriso lhe foi colocado nos lábios, e nisto responde "Das melhores mesmo :)" , no qual imediatamente lhe é respondido "Muitas mais virão, acredita em mim." e feliz da vida, caiu sobre a cama com um grande sorriso. (Para quem está a ler isto, e está a achar ridículo, então posso-vos dizer que ainda não sabem o que a doença amor faz.)
    combinaram nessa tarde voltar até à praia, mas desta vez para apanhar uns banhos de sol. e assim foram... mais uma vez uma tarde estupenda, juntos com sorrisos, gargalhadas, brincadeiras no mar, e na areia ... Nunca antes ela teria vivido tais episódios na sua vida. foram saindo, e falando por mensagens, foram-se conhecendo...
    Numa dessas saídas, uma calhou à noite... 
Mais uma vez até à praia, onde decorria uma grande festa. Sentaram-se na areia e continuaram a conversar...
rapaz - dás-me o que vim procurar no outro dia à praia...
rapariga - paz ?
rapaz - exactamente -chegando-se perto dela- consegues-me dar o que procuro.
rapariga - não o faço propositadamente, simplesmente acontece.
rapaz - eu gosto.
rapariga - gostas? de quê?
rapaz - de ti. -e beijou-a bem suave. inicialmente tocou só com os lábios para verificar se era correspondido, e foi positivamente. acabando por a beijar a sério. A garota no final deu um sorriso, em conjunto com o rapaz, e juntaram a cabeça os dois.
rapariga - eu também gosto de ti.
rapaz - mesmo?
rapariga - sim mesmo tonto.
    Ficaram ali, os dois durante muito tempo... e nunca antes tinha surgido  a pergunta até que...
rapaz - vives onde?
    Ela disse-lhe onde vivia e explicou-lhe mais ou menos onde era, terminando com a mítica pergunta "Porquê?" , e este disse-lhe que não era por nada, sorrindo e beijando-a . Na hora de ir embora, despediram-se com um tórrido e ao mesmo tempo imaculado beijo. Passaram várias noites sem se ver, e a rapariga já um pouco triste continuara a dizer-lhe que o queria ver... E a pensar na saudade, adormeceu no seu quarto, com a janela aberta, deixando o luar cair sobre ela na sua grande cama branca... Eram cerca de 2:30 da manhã quando ouve algo no quarto, como se fosse um bater... Olhou para a janela e assustou-se, até se aperceber do que se tratava... Era Miguel. Rapidamente saiu da cama, correu até à janela, e abriu-a... Abraçou-o como se não houvesse amanhã e ele fez o mesmo. Rapidamente trocaram um beijo cheio de ternura e cheio de vida. Miguel pegou nela ao colo enquanto a beijava, e levou-a até a cama onde a deitou, e continuava a beijá-la. Estavam agora ambos sobre o luar vindo da janela do quarto que se sobreponha sobre eles e a cama. Miguel começou a beijar a rapariga pelo pescoço... pelo corpo fora, de uma forma excitante... 
Os dois acabam por fazer amor, no calor da noite, e deixem-me que vos diga, que não foi um acto poupado. Posso dizer que percorreram todo quarto? Então pronto, eles percorreram todo o quarto, em busca de prazer, e assim o obtiveram. Acabaram por adormecer os dois na cama... No dia seguinte ele acordou-a com um beijo na testa... Esta encontrava-se sobre o seu peito e ele passava-lhe as mãos pelos cabelos... Era cedinho, não deviam ser 9 da manhã... Beatriz sabendo que os pais já tinham ido para o trabalho, e que por acaso naquela semana estavam em viagem, levantou-se da cama, só com a sua camisa branca vestida e dirigiu-se à cozinha, para fazer o pequeno almoço... Preparou uma mesa bem recheada, na sala cheia de vidraças, onde se tinha uma visão espectacular, para o mar (quem diria). Croissants, doce, sumo, leite, pão, fiambre, queijo, presunto,  bolo de chocolate feito pela mãe com a melhor companhia adoçavam aquele pequeno almoço.
rapaz - Foi perfeito- disse ele com um brilho reluzente nos olhos.
rapariga -envergonhada- foi a minha primeira vez...
rapaz - foi? porque é que não me disseste? podia ter sido de outra maneira...
rapariga - se te disse-se irias tornar com que fosse especial, e aí as coisas não iriam correr bem... Assim não te disse, e correu tudo na perfeição.
rapaz - passando as mãos sobre o rosto dela - eu amo-te!
     Era notória a felicidade de ambos. Nessa semana ele ficou lá com ela, para lhe fazer companhia pois não pretendia deixá-la lá por um minuto sozinha. As noites eram ao que se podiam chamar de 'perfeitas' não eram demais nem eram de menos. Por vezes ficavam a ver uns filmes até bem tarde, outras vezes iam até aos bares da praia e dançavam. Era uma historia de amor perfeita, só que todos nós sabemos que ate o amor, pode ser o sentimento mais traiçoeiro de sempre! Os pais voltaram da viagem de trabalho, e ele retornou ao seu lar... Nisto, já o verão estava mesmo no fim, e ela não sabia o que poderia ser agora... Se as coisas iriam piorar se iriam ficar na mesma, ou até mesmo melhorar. O que é certo, é que ela lhe mandava mensagens e ele não respondia... As aulas iniciaram, ela foi estudar, e continuou sem noticias dele... Começou a sentir cada vez mais a sua ausência... Ela própria começou a perder-se cada vez mais na sua vida... Os estudos deixaram de correr bem, as discussões em casa eram frequentes... Deixou de ter amigas, ela estava sozinha, com o seu mundo. Com a sua lua sobre a cama, e desta vez não queria o sol... Não queria nada que lhe fizessem lembrar o seu amado, não queria nada que lhe fizesse lembrar aqueles lábios, aqueles olhos escuros, aqueles fortes braços... Ela simplesmente não queria... Só queria arranjar uma forma de entender porque é que estava tão mal, porque é que ele a haveria deixado, "dei-lhe tudo, porque não me quis?" questionava-se ela fechada no seu quarto, com a  sua maravilhosa e amiga lua. A garota sem mais nada a fazer, decidiu por um fim a tudo. Então escreveu para o seu amado uma longa carta:
    "Não sei o que feito de ti, não sei porque me abandonas-te... Não sei porque deixamos de ser um e agora somos infelizmente dois... Não sei se estás bem, não sei se estás mal. Não sei de mim, não me consigo encontrar nesta onda profunda, neste mar enorme, neste azul escuro que antes era transparente e tudo era tão nítido... Foste tão perfeito comigo, deste-me tanta cor à minha vida, ensinaste-me tantas formas de amar, tantas formas de descobrir... Fizeste com que acreditasse, deixaste-me ver, mostraste-me, e juntos conseguimos. Tivemos as melhores noites, e levarei para sempre os melhores momentos comigo! Farás sempre parte de mim, por qualquer parte em que estejas, serás sempre a minha outra metade, o meu outro lado que não nasceu em mim, serás sempre o meu pequenino... O meu Miguel, o meu grande amor, aquele que ao fazer amor comigo, os seus olhos brilhavam, enquanto os teus lábios roçavam nos meus e no final, dizias que me amavas... Era tudo tão perfeito... Existiu mesmo? Claro que sim, a prova disso é esta carta... Não sei mais que te dizer meu amor... Hoje sobre esta carta verás o meu sangue derramado, verás a minha lágrima perdida algures por uma destas palavras... Só quero que saibas que te amei desde o primeiro segundo, desde a primeira pergunta, o primeiro beijo, a primeira vez... até ao ultimo segundo, à ultima pergunta, ao último beijo, e à ultima vez, assim como te amarei até a eternidade da minha eternidade... olharei por ti, até não conseguir mais... Quando sentires um toque, serei eu a acariciar-te a tua bela face... Quando sentires um arrepio, fui eu que te abracei... Quando sentires uma dor, pensa que sou eu a brincar contigo como costumávamos fazer, e não te preocupes que nada de mal te acontecerá... Quando achares que não há esperança, verás uma luz, um vulto... Não te preocupes, porque serei eu... Quando sentires frio durante a noite, eu puxar-te-ei os lençóis, quando sentires que está tudo vazio na vida, lembra-te porque morri, e ganha cor de novo... Serás o meu eterno amor, até à minha eternidade... Com todo o amor te deixo... Amo-te"
    Guardou a carta num envelope que dizia "Minha paixão, Meu amor, Meu Miguel" , deitou-se sobre a cama branca, com a camisa branca que o Miguel havia deixado lá quando fizeram amor... Colocou a carta sobre as suas pernas, derramou algumas lágrimas enquanto olhava de um modo vazio para o tecto do quarto... E espetou uma longa faca no seu peito, e deu um grito spero e penetrante... Ainda conseguiu tirar a faca, e juntamente com o seu braço, deixou-o cair sobre o lado direito da cama... 
Morreu assim de olhos abertos, com lágrimas a atravessar mais de metade da sua cara... Os lençóis e a camisa que antes eram brancos, passaram a um grande rio de sangue de um vermelho vivo...
    O seu grito estridente, foi ouvido pelos pais, que correram para o quarto dela, e a encontraram naquele estado... Ambos gritaram e tentaram de uma forma inconsciente acudir a filha... Porque gritavam eles? Arrependimento? Arrependimento por terem sido ausentes, por terem dificultado as coisas à filha, por não procurarem saber se ela estava bem? Claro que sim... Chamaram os bombeiros, que por sua vez chamam o médico necrófilo, e nisto vem também a policia forense... Naquele quarto onde antes havia tristeza , solidão e amargura, enchera-se agora de pessoas apressadas em levar a garota dali, apressadas e barulhentas num local que agora haveria-se tornado tão sinistro... Foram tomados todos os procedimentos como quando uma pessoa morre...
    Miguel esteve internado no hospital com uma grande doença, que o tinha levado até ao mesmo na última noite que esteve com sua amada... Ficou internado cerca de 5 meses, e quando já não lhe davam esperança de vida, subitamente abriu os olhos e pediu por favor para sair dali, para ir para junto da sua amada, a Beatriz... O pedido foi-lhe negado por os médicos, e já parecia um maníaco a repetir sempre o mesmo. Tinha agulhas por quase tudo o que era sitio, e um enorme tubo metido no nariz... Ele olhava sobre a janela do quarto hospitalar, e a chorar dizia "Eu quero ir vê-la... Eu preciso de a ver", com um olhar vazio e as lágrimas a correrem pela cara... Andou 2 meses assim, até que teve alta hospitalar...
    Quando veio para a rua, foi exactamente no mesmo dia em que Beatriz se haveria matado... O primeiro destino de Miguel, com um enorme sorriso foi dirigir-se a casa da amada... Bateu à porta, e a empregada abriu...
empregada - Menino Miguel - abraçou-o chorando - que tragédia menino, que tragédia! - Miguel apercebeu-se que algo não estava bem naquele momento, então não hesitou e perguntou enquanto abraçava a empregada...
rapaz - Onde está a minha princesa?
empregada - ela já não está entre nós menino, ela já não está entre nós... Ela deixou-nos menino, ela deixou-nos nesta amargura...! - dizia a empregada sobre uma voz implorante, e triste...
    Miguel não quis acreditar em tal historia... Não se quis querer de tais palavras que haveria ouvido... Sem mais demoras dirigiu-se a correr para o quarto da amada, e abriu a porta (...) nunca antes tinha visto um cenário assim... Lençóis cheios de sangue, a janela aberta com os cortinados a mexerem-se, e por muito sol que houvesse lá fora, aquele quarto tinha tamanha escuridão... caiu a entrada da porta de joelhos, e automaticamente lhe vieram lágrimas aos olhos... Gritou em bom som "Porquê?!" enquanto levava as mãos à cabeça... Deixou o seu corpo cair sobre aquele chão onde percorria mais de metade do sangue da pobre garota... e deparou-se com um envelope... "Minha paixão, Meu amor, Meu Miguel", apressadamente se dirigiu ao envelope e abriu-o... Leu a carta atentamente, e tinha os olhos repletos de lágrimas... no final, leu em alta voz "Amo-te" e todas as lágrimas acumuladas nos olhos haviam derramado pela cara fora... Miguel sobre pressão fechou os olhos e gritou, gritou e gritou... Desceu as escadas e perguntou à empregada para onde levaram a sua amada, e esta responde-lhe "para a igreja" ... Ele foi até a igreja, onde estava a decorrer o velório... A porta estava fechada, mas com toda a raiva que Miguel tinha dentro de si, abriu as duas portas, entrando uma tamanha claridade pela igreja a dentro.. A Igreja cheia, até ao último banco e mal aquelas portas se abriram, todos olharam para trás... Ele viu no meio um caixão branco, cheio de flores no chão... calmamente e cheio de lágrimas caminhou até ao caixão... e em câmera lenta se deparou com o seu amor, já pálida, toda vestida de branco, com um terço sobre as mãos, e imensas flores à sua volta, as suas preferias: rosas brancas... Ele não aguentou ver tudo aquilo... e agarrou-a, e gritou dentro da igreja... não a largou por um segundo... Nem mesmo até ao momento do enterro... Quando a enterraram, todos foram embora, e só ele ficou com ela ali, a falar...
    "Não consigo acreditar que estás aqui, não consigo acreditar que o que mais amei já foi... Eras tu, eras tu a razão de tudo, era por ti que eu sorria era por ti que eu sonhava, eras tu que me davas motivos para continuar, foi por ti que lutei, foi a ti que quis, foi a ti que tive, e por uma doença foi a ti que deixei e foi por mim que morres-te... Não consigo lidar com tal culpa... Não consigo... É como se todas as razões e motivos para a minha vida tivessem partido, é como se o sol tivesse deixado de ser laranja, e a noite se tivesse tornado minha melhor amiga... é como se toda a cor e vida que me davas tivesse desaparecido e agora tudo é escuro e nada nítido... (chorando) porquê? porquê?! é minha culpa... é minha culpa ver-te agora assim, é minha culpa não poder mais ter-te do meu lado..." ficou ali a chorar várias horas... até que lhe diz "se não estamos juntos agora... que fiquemos até a eternidade, que lá em cima olhemos os dois por quem deixamos cá em baixo... que fiquemos os dois juntos até a eternidade da tua eternidade, da minha eternidade... da nossa... Amo-te" ... 
Ele desapareceu daquele local, e foi até a um precipício da praia onde havia conhecido Beatriz... Olhou para baixo e viu um monte de rochas aguçadas... olhou para o céu e disse "Não me salves. É por ti que faço isto... Leva-me para junto de ti", e atirou-se... Nunca mais se ouviu falar do Miguel... Por vários anos havia sido procurado pela policia, pelos pais, tudo... Mas perdeu-se a esperança dos mesmos e foi-lhe declarada a morte... Agora no céu, brilham mais duas estrelas.
                                       
                                                                  Até ao fim de todas as histórias de amor.   
                                                                              Written by: Deve Maria

Agradecimentos: Um especial agradecimento ao meu amigo João C., por me ter disponibilizado as suas fotos para realizar este projecto :) 


Modelo rapaz: João C.
Restantes fotos: by Google




   

Om (ॐ)

Hoje resolvi pesquisar o significado do Om (ॐ) que é conhecido por ser o símbolo do Trance, e na verdade... não tem nada a ver!


O " Om " (ॐ) é o mantra mais importante do hinduísmo e outras religiões. Diz-se que ele contém o conhecimento dos Vedas e é considerado o corpo sonoro do Absoluto, Shabda Brahman. O Om é o som do universo e a semente que "fecunda" os outros mantras. O som é formado pelo ditongo das vogais a e u, e a nasalização, representada pela letra m. Por isso é que, às vezes, aparece grafado Aum. Estas três letras correspondem, segundo a Maitrí Upanishad, aos três estados de consciência: vigília, sono e sonho. "Este Átman é o mantra eterno Om, os seus três sons, a, u e m, são os três primeiros estados de consciência, e estes três estados são os três sons"

Para todos os que diziam que é o símbolo do trance, pois bem, estão enganados :)
Havia também quem dizia que este símbolo se chamava de Chakra. Na verdade, não chama. Chakra são, segundo a filosofia ioga, canais dentro do corpo humano por onde circula a energia vital que nutre órgãos e sistemas. Podemos também dizer que são os pontos do corpo onde estão as nossas capacidades, onde podemos concentrar certos "poderes" ou habilidades. É a energia vital do corpo.

Existem 7 Chakras principais.
1º- Crown Chakra - Transcendência - Úrano
2º- Third Eye Chakra - Inspiração - Neptuno
3º- Throat Chakra - Conhecimento - Mercúrio
4º- Heart Chakra - Amor - Vénus
5º- Solar Plexus Chakra - Poder - Marte
6º- Sacral Chakra - Prazer - Plutão
7º- Root Chakra - Segurança - Saturno

Diz-se também que cada um dos Chakras esteja ligado aos Planetas da Via Láctea, até hoje descobertos.


Com isso concluímos que "Chakra" não é um símbolo, mas sim vários, que representam tudo o que disse aqui, e tem todas estas ligações. Tudo isto têm a ver com paz de espírito, com força e energia vital, com capacidade e equilíbrio do corpo e não com trance.



Até a próxima lição! ;)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Começa cansar, começa a ser um tédio, começa a custar, e pior... começa a doer! Começa a doer cada vez mais, é como se não houvesse ar para passar nas vias respiratórias, é como se o meu ar, não fosse para dentro nem para fora, é uma aflição que não dá... É uma solidão demasiado grande, é a necessidade de falar com alguém, de ter uma presença, de sentir que alguém está lá... Estão! No msn (...) e apenas isso. Há muito tempo que deixei de precisar de alguém por msn, por chamada, por mensagem. As vezes as pessoas precisam de mais, do que o CYBER WORLD. Eu preciso mais que isso, preciso de saber que existo, saber que tenho corpo, preciso de deixar de sentir a dor, o medo, e todos os sentimentos que quase ninguém capta vindos por mim. Preciso de quem me limpe as lágrimas que deixo cair neste momento, preciso de alguém que me abrace e não me largue... Preciso que alguém me diga que fica comigo... Preciso de saber o que é sentir, preciso de saber o que é dar e receber, preciso de saber muitos significados... Não posso só sofrer, não posso só esconder-me por de trás da sombra, não posso ficar só no escuro... Preciso de ver o sol , como todos vêm, se é que ele ainda brilha para todos... Preciso de tanto...! Quero poder ter um mundo cor-de-rosa que também tenha espinhos, quero ter motivos, quero ser, quero dar, quero receber, quero ter, quero ser feliz, quero ter todas as coisas boas que todos falam, quero poder mostrar que sei dar, quero poder mostrar que tenho alegrias, quero mostrar quem sou... Pressa? Não, necessidade... Necessidade, de receber o afecto que não há, o carinho que não tenho, a preocupação que não existe.. Sentir mil e um sentimentos que nunca me ensinaram, e esquecer todos os maus que já passei sozinha ... Cada vez vejo mais a minha vida como um erro... Nunca irei estar livre desta solidão (...) Solidão, que me mata ... Nunca irei ultrapassar tudo isto... Serei sempre só eu, como sempre foi. Não sou nada a mais que ninguem e cada vez me considero menos... Quero desaparecer, quero respirar... Quero aparecer, quando tudo for diferente, quando as pessoas se lembrarem que existo... que tenho sentimentos, muitos! Que nada na minha vida foi fácil, assim como na dos outros também não deve ter sido.... São quase 2 décadas , "by myself" ... Hoje sou quem construí... Sei que tudo terminará breve... e sei que quando terminar... Não terei nada feito na minha vida.... (...)